sexta-feira, 16 de julho de 2010

Presunção

Escutai-me!
Há beleza em tudo isso.
O meu silêncio é uma porta para a timidez.
É meu jeito de incomodar aqueles que muito falam.
É minha identidade,
Meu preconceito com os tagarelas,
A minha ausência,
Minha indiferença constante.
É o meu desgosto para com aqueles que não me entendem.

Escutai-me!
Estou cansado e de saco cheio.
Calem as matracas
E assentem seus barulhos.
Agora apreciem coletivamente todo silêncio.
O meu silêncio.

“O mar, que não pensa,
Sabe, no entanto,
O momento certo de gritar suas marulhadas
E de calar seus lamentos.”

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