sábado, 13 de dezembro de 2008

Se é Sol

Tem à vista um quadro negro
Com flocos de neve,
O breu, sendo clarão.
Viu de tudo em sua vida.
Quase sempre sob sua excelentíssima imagem,
Quase sempre cego.
Tem uma vela ao seu lado,
O seu dia que, mesmo assim, não é claro.

Não se importa se é Sol,
Muito menos se ilumina tanto,
Se esquenta algo,
Se leva vida.
Morre na ausência de si,
Na escuridão do Universo,
Nas distâncias luzes,
No amarelo eterno,
Na solidão.

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